sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Homem Velho que Sou

Foto: Arnaldo Carvalho

Às vezes
Sinto-me tão senil,
Um homem velho,
De velhas idades,
Idades estas vividas
Num curto ciclo juvenil.

Talvez seja a vida
Impondo-me seu relógio veloz,
Com ponteiros ousados,
Sincronizados com um tempo finito.

Talvez seja eu mesmo,
Impaciente, audaz,
Burlando meu chegar paulatino
Com passadas apressadas.

E esses “talvez”, agora,
Sequer interessam mais,
Pois vejo que tão somente sou
Como qualquer outro,
Velha alma, jovem corpo,
Ser longínquo sem idade...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Todos Eles Vivem em Mim...



Nada de finados
A morte não é o fim
Penso cá dentro de mim
E lembro o meu irmão caçula Saulo
Minha avó Dôra
Meu avô paterno Luiz
O saudoso tio Paulo
Aretusa, Artoni, Mário
O estimado tio Ary
Adriana, Hélder, Branta
Meu avô materno Amarílio
Elias, Penha, Seu Zé, Geni
Luluca, Dida, Maria Eduarda
Tio Ivan, tio Lio e o amigo Sissi
Bisavós Coleta e Nina
Zeca, Paúca, Dodô, Maurílio
Inaldo, Fanca, Erisson, Dona Bibi
Estes, assim como tantos outros
Não estão mais por aqui
Mas finados nunca foram
Vivem e a eles louvo
Todos eles vivem em mim...