terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mais um Momento Mágico...

Na sequência: eu e o Maestro Spok; a fila para adquirir o livro; os atores Júnior Aguiar, Asaías Lira, Daniel e Fernanda Soveral; eu em momento de agradecimento.

Para mim tudo foi meio mágico. Lançar o livro e o curta-metragem como queria. Ótimo público, performances arrasadoras dos atores convidados, exibir o curta, lançar o livro e receber tão prestigioso retorno. Sigo ainda mais motivado. E compartilho aqui alguns comentários sobre o projeto e o evento, que recebi por e-mail:

"A noite era de Autógrafos. “O Rei, a Sombra e a Máscara”. O convite foi verdadeiro... O baile era sem Máscaras... O sonho desafiou a vontade até a explosão do “parto”... E os gêmeos nasceram (...) Tudo tem o seu tempo certo. Todo menino, todo homem é um Rei. Necessário é deixá-lo desabrochar mesmo dilacerando as próprias entranhas... Sim, um dos Gêmeos chamou-se Livro e o outro Curta-metragem. Crianças! Depois do “berço”, O Mundo os aguarda! Que a Graça do Altíssimo permaneça com Você, Sidney! (Zildete Pimentel)

"A criação nunca está pronta, movimenta-se no inconsciente, movimenta-se com o tempo (...) Seu intuito é quebrar paradigmas, buscar novos caminhos, fazer indagações, buscar variáveis respostas (...) Parabéns por ontem. Muitos ficam no caminho e não abraçam seus ideais guerreando para concretizá-los. Foi tudo perfeito". (Luiza França)

"Sidney, primeiro gostaria de parabenizar pela coragem, ousadia e competência com que criastes e apresentasse ao um público siginificante suas habilidades. Parabéns e peço a Deus que não fique só nisso, tens muito para apresentares... Outrossim, na primeira oportunidade que tiver com a administração da AABB, vou sugerir, pela experiência exitosa do seu trabalho, batizar as quintas feiras do clube, de Quita Feira Cultural, e, abrir para sociedade com outros eventos". (Edmilson Duarte)

"Perfeita. Com esse adjetivo quero sintetizar minha impressão sobre sua noite de autógrafos, inclusos a performance e o instrumental". Quanto ao livro, comento ao final". (Genival Aguiar)

Na sequência: eu mascarado; público (maravilhoso); o livro e a sua capa dupla; e eu no momentos dos autógrafos.

Obrigado a todos pela força! O projeto continua. Segue. Como a vida. Como nós nesse universo de constante esfera...

domingo, 14 de novembro de 2010

Antes Que o Dia Termine

Antes que o dia termine cá estou eu, sozinho em mim. Assim como tem sido ultimamente. Assim como, ao que parece, sempre haverá de ser...

O sol vai se pondo. Passam das cinco. Abro a janela, no primeiro andar onde me encontro, e o movimento é razoável na rua. Quase em minha frente um pequeno pássaro pousa sobre o fio de eletricidade. Abaixo, na calçada, uma mulher com lenço branco na cabeça vasculha o lixo em busca de algo útil. Dentro de mim, um vazio incompreendido se acentua.

O pássaro permanece quase imóvel. Defeca sem pudores do alto donde se encontra, alheio ao que se passa nesse mundo escuro. Lá em baixo, a mulher do lenço branco me pede algo pra comer, alheia ao que se passa no meu mundo escuro.

Desço e dou à mulher algo pra comer, como ela mesma pediu. Grata, vira-se e segue em frente. De volta, não mais vejo o pequeno pássaro. Ele se foi, seguindo em frente. Viro-me e vou direto ao computador. Nele, sinto a sensação de que, nas palavras, posso também seguir em frente.

Alheio às nuvens escuras que começam a se juntar no céu, penso no pássaro e na sua liberdade autêntica. Também, na pedinte consciente da sua “escravidão”, ainda que perambule com liberdade pelas ruas da cidade. Penso, ainda, na pequenez que me compõe, tornando-me meio-termo nesse cenário de inconstante permanência.

E antes que o dia termine cá estou eu, sozinho em mim. Assim como tem sido ultimamente. Assim como, ao que parece, sempre haverá de ser...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

De Nada


O casamento da gramática dançou.
A dança da lógica já era...

Letras.
Dígitos.
Acentos.
Palavras.
NADA basta para o papel.

Folha da árvore da mente.
Penhasco profundo para idéias.
Cabeça e mundo.
Cérebro e esponja.
Neurônios vivos.
Palavras loucas saídas do NADA.

Efuso.
Efúgio.
Eflúvio.
Parentes da fonética nem sempre são.
Assim como a coletividade.
Palavras de um tudo.
Fonemas mudos de NADA.

O casamento da gramática dançou.
A dança da lógica já era...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Rei, a Sombra e a Máscara

"Vós sois o rei. E no reino dos universos paralelos, vós também sois a sombra. O rei e a sombra convivem nesse vasto mundo que rege as ações humanas: equidistantes, antagônicos, afins; a luz e a escuridão viventes num vácuo profundo de possibilidades. Mas o rei não usa adornos valiosos, nem coroa de ouro, nem manto real; o adereço único é um escudo moldado para confundir, uma capa formada pra encobrir a alma plebéia: a máscara. Eis a tua nobreza, pobre rei. Aonde nosso reino chegará"?

Texto da contracapa do livro "O Rei, a Sombra e a Máscara". Lançamento dia 18 de novembro, 20h, na AABB Recife. Informações: www.sidneyniceas.com.br