sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Suicídio Terceirizado


O que dizer de uma pessoa que, atolada em problemas, decide findar a própria vida? Trágico e deprimente, sem dúvida. Mas, pior ainda, é alguém tomar tal decisão e contratar seu próprio assassino. Duvida?

Pois eis que em Fortaleza-CE, uma mulher assim o fez. Pagou R$ 500, deu um laptop e alguns pertences pessoais de valor, tomou umas cervejas com o dito cujo e, no carro, autorizou-o a disparar contra sua cabeça, com o revólver que ela mesma entregara a ele momentos antes. Após a perícia, a polícia dá como certa essa versão. Duvida? Eu não.

A atitude da cearense, apesar de atípica, em nada se difere dos procedimentos suicidas. Pouco se diferencia das loucuras diárias que o ser humano tem promovido. Na verdade, soma-se aos desequilíbrios cotidianos de uma sociedade cujos valores morais há muito tempo se deturpou.

O ato covarde de tirar a vida de outrem ou a própria (nesse caso, um infeliz recurso ante o desespero) é reflexo direto de uma geração alheia à realidade. A vida real em nada se parece com esse formato deturpado que predomina em nosso ciclo social: viver ‘de fora pra dentro’. Enquanto a humanidade persistir ignorando o poder divino que possui e não adotar um modelo ‘de dentro pra fora’, continuará se perdendo nessas lamentáveis e distorcidas atitudes.

O caso aqui narrado pode ser definido, de forma irônica (já que só essa veia agora me resta), como suicídio terceirizado. Estranho. O que mais encontraremos pela frente? Ainda precisamos encontrar a ‘luz no fim do túnel’...