segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Por Quê?


Nascemos com a certeza de que vamos morrer, mas vivemos temendo a morte – e daí surge o medo do invisível e a distorção do que é a vida.

Crescemos conscientes do envelhecer, mas vivemos uma vida inconseqüente em relação ao próprio organismo – e mergulhamos nos pseudos prazeres que envenenam o corpo e empobrecem a alma.

Vivemos perseguindo a felicidade, mas caminhamos por trilhas erradas – e confundimos tudo com os prazeres fugazes da vida mundana.

Morremos com a sensação de finitude, um tanto inconscientes da nossa própria imortalidade – e da razão suprema que move todas as coisas.

Por quê?

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São tantos os ‘por quês’... Analisando o noticiário das últimas semanas, fico questionando o desrespeito aos idosos, agora frágeis alvos da violência urbana; a noção de fé do nosso povo que, por imprudência, pensa que um templo religioso não desaba; também, a agonia cotidiana de pacientes e médicos na rede pública de saúde, situação que se assemelha a períodos de guerra; assim como a baixaria que anda permeando a nossa música, com estrelas pornô ‘cantando’ melodias cada vez mais explícitas – ‘pirocas’ e ‘xerecas’ empobrecendo a cultura nacional.

É... São tantos ‘por quês’... Por quê?