quarta-feira, 24 de junho de 2009

[Videoblog] Ignorâncias na Tradição

24 de junho. São João. Feriado. Cujo mote é um santo católico. João. Que teve importante missão histórica. Que teve o nascimento anunciado com uma fogueira. Luz que não se apagou até hoje em nome de uma tradição. Tradição essa que “justifica” uma poluição danada – e outra sonora, que pegou carona. E que fez essa data virar festa. E que misturou da pior forma cultura com tradição...

Da religião, festejo. Do festejo, cultura. Da cultura, tradição. Nesse caminho, muita coisa se misturou, confundindo raízes com teimosia. Afinal, cultura que não evolui se torna mera tradição – como soltar fogos (e os hospitais viram centro de socorro como se fosse época de guerra) e acender fogueira (e os hospitais, idem, e o meio ambiente que se vire) –, fazendo essa bela festa ganhar contornos ultrapassados.

A cultura é viva. A tradição, idem – desde que evolua com os conceitos do que é saudável ou não. Senão, cenas como essa (ver vídeo abaixo) se repetirão sem a menor necessidade, privilegiando o 'belo' (ou o 'divertido') em detrimento do saudável; ignorâncias na tradição...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ah! Se Eu Fosse 'Dunga'...


Em nome do “profissionalismo” e do “marketing” o futebol virou “negócio”. A Seleção Brasileira que o diga. A principal. Fonte de inúmeras negociatas envolvendo clubes, empresários e a própria CBF, num ciclo de cifras abundantes.

Ciclo esse que alimenta outro, menor, interno, voltado para o eixo Sul-Sudeste. Onde jogadores que lá atuam são sempre foco para a ‘canarinha’. São convocados e vão para o exterior. Ou vice-versa. E nesse ‘vai-e-vem’ o futebol de ‘lá’ vai ficando cada vez mais forte. E o de ‘cá’ – leia-se resto do país – fica a mercê.

Dia desses o técnico Dunga foi questionado. Perguntaram quando o Nordeste terá um jogador novamente na Seleção. Vou além: quando um jogador atuando num clube do Norte-Nordeste vai para a Seleção?

A saída do ‘professor’ foi insinuar culpa aos clubes, que “devem trabalhar melhor para revelar bons jogadores”. Brilhante. Clubes com orçamentos muito inferiores aos do citado eixo. Que não são beneficiados pelo referido ‘ciclo’. Que veem seus potenciais craques partir para as bandas de ‘lá’, sonhando com voos mais altos.

Por essas e outras, a Seleção Brasileira - a principal - perdeu o glamour. Não consigo torcer para esses ‘produtos’ que vestem o amarelo da nossa bandeira (por melhores jogadores que sejam). Não consigo mais compactuar com esse cartel escuso, que mantém um esquema no qual a maior parte do país é excluída. Posso parecer o ‘Zangado’ nessa história, mas, garanto, se eu fosse o ‘Dunga’...

Contudo, enquanto minhas palavras se perdem na imensidão da ignorância da maioria, vejo que as seleções secundárias cumprem com louvor sua função. Sub-15, Sub-17, Sub-20. Contando com talentos de outras regiões do país. Essas, sim, verdadeiras seleções brasileiras.
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Ah! Se eu fosse ‘Dunga’...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Che, Gandhi e o Mundo


Em épocas diferentes, mas ainda tocantes, dois símbolos promoveram revoluções. Um no Ocidente. Outro, no Oriente. Um pegando em armas. Outro pregando a não-violência. O que mudou no mundo desde então?

O argentino Ernesto Rafael Guevara, o Che (1928-1967), tocou-se com a miséria na América Latina. Médico, mente privilegiada, aliou-se a outros ‘companheiros’ e iniciou uma das mais marcantes revoluções do nosso tempo: o movimento 26 de julho, que acabou por tomar o poder em Cuba. Ajudou a formar uma milícia que, pouco depois, tornar-se-ia um exército e iniciaria o governo comunista mais ousado da história.

Mais que armas, Che pregava a independência contra o ‘imperialismo’ das grandes nações – em especial dos Estados Unidos. Ensinou diversas pessoas a ler e escrever. Atendeu ao povo pobre de Cuba usando seus dotes de médico. Mostrou que, às vezes, é preciso sair da inércia e enfrentar as dificuldades. E não hesitou em usar da violência para tal fim. Assassinado em 1967, na Bolívia, viu sua utopia igualmente sepultada: a de espalhar a revolução por toda a América e promover, aos seus olhos, a justiça social.

Décadas antes, nascia em 1869, na Índia, Mohandas Karamchand Gandhi, o 'Mahatma'. Cresceu atento às leis injustas de sua terra e, não por menos, formou-se em Direito, em Londres. Atuou na África do Sul e na própria Índia, iniciando um movimento pacifista em prol dos direitos dos Hindus e da independência do seu país. Diferentemente de Che, Gandhi enxergava na não-violência a solução para promover mudanças. Abdicou de todos os seus bens materiais e mergulhou nas crenças religiosas e na força do seu conhecimento das leis.

Iniciou, assim, a maior revolução pacífica da humanidade. Enfrentou os poderosos ingleses e as divergências do seu povo. Ao invés de infligir sofrimento, assumiu-os: fez várias greves de fome, que sensibilizaram o povo e amenizaram os inevitáveis confrontos que teimavam em acontecer. Assassinado em 1948, viu sua utopia igualmente sepultada: a de ver a justiça social em evidência e a violência banida do coração dos homens.

Os olhos justiceiros de Che contrastam com a força iluminada de Gandhi. E ambos são exemplos de uma luta pelo bem comum – um, equivocado pelo uso da força bruta; outro, um tanto esquecido justamente por mostrar que a verdadeira força para a mudança é o amor.

E eis que os anos passaram. Com armas ou não, o mundo permanece avesso à justiça de Che – então reduzido a um ícone revolucionário – e à paz de Gandhi – figura divina então reduzida ao símbolo de um mundo utópico. Até quando?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Os Donos da Rua

ESPECIAL TRÂNSITO - PARTE 1


Pedir, que há muito virou ofício, vem cada vez mais ganhando contornos ‘legais’. Agora, esmola sob intimidação é o trunfo. O direito de ‘ir’ e ‘vir’ quase que cerceado. E as ruas vão ganhando ‘proprietários’, que ocupam território livre e impõem suas condições.

Guardadores de carros. Flanelinhas. Donos da rua.

D’onde surgiram tão numerosos? Frota excessiva, escassez de vagas para estacionamento, desemprego... As livres vias de outrora, públicas, caíram nas mãos do ‘excluídos’ – uns, desempregados, honestos, buscando ocupação e renda através de uma espontânea ‘prestação de serviços’; outros, quase meliantes, exercendo um poder de cobrança inexistente e ‘privatizando’ à força o direito alheio.

Nesse entremeio está o cidadão comum, pagando esses ‘impostos informais’ em cada via em que se precise deixar o carro nesse vasto país, como se fosse isso normal. E o ‘novo ofício’ vai ganhando cada vez mais adeptos, trabalhadores informais com renda muitas vezes maior que a da maioria da população.

Como quase tudo no Brasil, a questão tem seu ‘ponto G’ mais embaixo e envolve uma série de componentes: sociais, econômicos, políticos, culturais... Ainda assim, ficam as perguntas: Quem tem real direito sobre as vias públicas? Quais os limites entre o direito individual e coletivo? Quem são os verdadeiros donos da rua?

Enquanto o problema se acentua e as autoridades continuam empurrando a situação com a barriga, vou logo guardando uns ‘real’ para os donos da rua. E nesse ir e vir pelas cidades brazucas, vou pagando pra ver...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

URGENTE: Nova Vida Para Salvar...


Aline tem 18 anos e apenas 10% de chances de sobreviver, caso não seja feito URGENTE transplante de medula óssea. Essa recifense, que ganhou destaque na mídia por conta da sua grave situação, tem essa semana como limite para o transplante, pois, a partir de então, iniciará um processo quimioterápico mais intensivo - que os médicos estimam reduzir em 10% as suas chances de sobrevivência.
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Aluna do NAP, Aline já enfrentou 10 meses de quimioterapias e está no ponto crítico da sua doença. Cabe a cada um, então, se engajar nessa luta e ajudar essa recifense a manter esse sorriso tão alegre exibido na foto acima.
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Assista ao vídeo da campanha postado no You Tube e, mais abaixo, saiba como ajudar Aline e outras pessoas pelo Brasil...
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Como Ajudar? (retirado do Portal do Meira)
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A) Divulgue estas informações aos seus amigos e a quem puder;
B) Faça um exame de compatibilidade e incentive outras pessoas a fazer.
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COMO FUNCIONA O EXAME DE COMPATIBILIDADE?
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Toda e qualquer pessoa do Brasil pode fazer o exame. Ao chegar no local autorizado pelo Banco Nacional dos Doadores de Médula Óssea um cadastro simples é preenchido e você tem um amostra de sangue (apenas de 5 a 10 ml!!!) retirada para que sejam feitos os exames de compatibilidade.
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Esclareço que a amostra de sangue vai para um cadastro nacional e que uma vez verificada a compatibilidade com alguém que necessite do transplante de médula óssea, você é comunicado e questionado se está disposto a realizá-lo. Caso surja algum doador compatível com a Aline, acreditamos que a moça será salva.
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ONDE FAZER O EXAME DE COMPATIBILIDADE?
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Simples, basta comparecer em um dos Hemocentros do Brasil (Clique Aqui). Atenção!!! A sua cidade pode não constar na lista deste link do Instituto Nacional do Câncer, o que não significa que você não possa se tornar um doador voluntário de médula óssea, isso porque, via de regra, os bancos de doadores de sangue são postos autorizados pelo Instituto Nacional de Câncer a fazer o cadastro e enviar amostras de sangue para as instituições mais aparelhadas.
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OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES (segundo INCA):
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• Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.
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• Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 a 10ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
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• Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
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• Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.
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• Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL!
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• Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.
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• Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.
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• A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.
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• É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato. Para atualizar o cadastro, basta que o doador ligue para (21) 3970-4100 ou envie um e-mail para redome@inca.gov.br.