quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Ironia do Quase Gol


Eis a marcante expressão, utilizada pelos locutores de jogos de futebol, que caracteriza a emoção de um lance quase definido: “Na trave!!!”... O pior é que essa emoção, quando a jogada não é concluída com êxito na seqüência, resulta sempre na frustração do gol perdido.

O futebol - quem acompanha sabe - é um jogo repleto de ironias. E dele resultam outras expressões interessantes, que em muito se aplicam à realidade: “Quem não faz, leva”, “O futebol é uma caixinha de surpresas”, “Em time que se ganha não se mexe”, dentre tantas outras.

Ironias do futebol, ironias da vida. Que o diga Ronaldo, o fenômeno. Doido para fazer ‘três gols’ numa madrugada de agito, só conseguiu ‘bater na trave’. E a emoção resultou em frustração. A ‘caixinha de surpresas’ da vida foi infalível e ele, que não fez, levou - ‘mexeu no time’ e não ‘ganhou’.

Ronaldo queria fazer. Os travestis queriam levar. Engana-se, todavia, quem pensa que dessa ‘jogada’ saiu ‘gol’. O careca invadiu a ‘área’ e encontrou ‘duas bolas’. Sabe-se lá o que realmente aconteceu entre as ‘quatro linhas’, ou melhor, entre as quatro paredes do motel. O fenômeno e os três acompanhantes disputando uma ‘jogada’ inusitada. A 'marcação cerrada' resultou em confusão, que se desdobrou na delegacia.
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Estão dizendo que tudo isso foi o único ‘gol contra’ do fenômeno. Outros, afirmam que essa foi a ‘jogada’ mais ridícula do craque brasileiro. Eu, contudo, acho que o rechonchudo jogador sofreu a ironia do quase gol. E a ‘bola na trave’, que continua ecoando até agora, vai ficar definitivamente registrada nos ‘anais’ da história. Literalmente.